apresentando "Salamandra".
R: Obrigada, grata igualmente pela oportunidade.
Bom, a ideia de criar o "Salamandra" surge como qualquer ponta pé inicial em outro disco. Primeiro penso no universo a ser englobado, e consequentemente no nome, sonoridade e etc.
Entretanto, a ideia se apoia nesse mundo mais animal, onde uso a salamandra como metáfora para evolução pessoal e espiritual.
Quais foram suas inspirações para o seu novo LP? Vendo que você já mostrava sua diversidade artística desde a Tammi.
R: Minhas inspirações vem da música pop e alternativa em geral. Por exemplo, nesse álbum foco em uma parte não explorada antes, como o sexo.
"Erotica", uma das maiores inspirações para concepção deste disco deu luz a muitas letras. Em meio aos últimos acontecimentos mundiais, nos vemos presos em casa, e, consequentemente reprimindo muitos desejos, inclusive sexuais.
Também falo de metafórica como superei algumas desvirtudes.
Você acha que os seus trabalhos anteriores como Tammi ajudaram a moldar suas novas eras, a se inspirar, ou Carmim foi realmente uma nova persona, alguém que a cada novo trabalho surpreende?
R: Penso que a Tammi ficou no passado. Existe sim uma conexão, mas são caminhos diferentes. Quando penso em Carmim, não penso em Tammi.
Tudo que foi feito desde o lançamento da Carmim, foi pensado como uma única persona. Como citado, para que a cada novo trabalho surpreenda.
Com o aclamado "Megalomania", que venceu o Álbum Pornopop no TVT Music Awards, você acha que Salamandra terá a mesma recepção que Megalomania e até mesmo Eletroplasma tiveram?
R: Acredito que ambos tiveram recepções diferentes, e com o "Salamandra" também será. Não é possível recriar as mesmas impressões repetidamente.
Com o proposto por esse álbum, nem caberia a mim sugerir quais serão as reações. No entanto, a partir do momento em que decidi abordar novos temas, penso que tratá sim novas percepções acerca do meu trabalho.
Qual a diferença da artista que criou o Eletroplasma, para a que criou e o Salamandra, o que você acha que mudou e a cada era que você arquitetava?
R: Em se tratando de tempo, tudo é muito relativo. A pessoa que eu era na concepção do "Eletroplasma", já mudou 1000 vezes. Sempre é uma evolução e a cada álbum fica impresso isto.
O que mudou entre as eras, é realmente a pessoa que me tornei e as coisas que enfrentei. É sempre um caminho para frente, sem se esquecer do passado. Mas é preciso se lembrar do passado como um aprendizado e não como um fardo.
Você trouxe um novo single, "Berlinda" com Kanina, com uma composição muito boa, seu álbum terá mais colaborações além dessa, e terá participação de algum artista na composição ou produção de alguma faixa?
R: Sim! Terá mais participações. Convidei 3 artistas para completar a tracklist desse disco e dar mais dinamicidade às músicas.
Todas as composições e produções partem de mim mesma. É o primeiro álbum em anos que assino 100% de tudo. Estou feliz, pois achei que não conseguiria completar de fato esse disco.
Apesar das participações, tomei a decisão de dirigir inclusive os feats, para que não houvesse destoante no conjunto da obra.
Portanto, sendo um disco 100% autoral, anseio pela recepção.
A The Virtual Times agradece sua participação.
R: Novamente, obrigada! Foi um prazer dividir este momento com vocês.
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