Skip to main content

Review - Motherlode: Reloaded by MIA LUX

 


MIA LUX lançou seu álbum "Motherlode" em 2020, citado pela Oddboard como o 5° melhor álbum do ano, rendendo a ela um Grammy com a faixa "Sexprostitucional", presente do deluxe do álbum.

Agora LUX traz um remixed de seu álbum, intitulado "Motherlode: Reloaded", com 8 faixas retiradas de sua versão original, com a adição de novos vocais nas faixas solo, e remixes das colaborações, com fortes nomes como Ariana Carper, Kelly Dee, Luna Wennie, Venus James e Lana Light, confiram a review da The Virtual Times para "Motherlode: Reloaded", de MIA LUX.


A faixa título, "Motherlode" abre o álbum, nessa versão, temos a participação de ninguém mais, ninguém menos que Ariana Carper, as princesas do simpop e pornopop se juntam em uma ácida versão da faixa.

Com uma instrumental pesada e ligeira, MIA traz uma vibe diferente ao mesmo tempo que nos apresenta uma nova atmosfera, vemos as diferenças da versão original no verso principal. Ariana chega cantando sobre o tema original, sair em busca de dinheiro, fazendo referência a sua aparência jovial, Carper não poupa palavras e solta ácidos refrões, diferente da sua estética. O remix abre muito bem a nova versão do álbum, embora Ariana pareça não ter colocado sua personalidade na música, mas tenha sido levada pelo ritmo, ainda assim a princesa soube trabalhar bem e se encaixar na faixa.


"Noites", em colaboração com Venus James dessa, a faixa traz um começo mais clean e eletrônico, a música nos traz uma estética de anos 10s, Venus chega entregando fortes versos, o ritmo permanece sempre delicioso e entrega um ótimo pop, os versos de James apresentam um lírico forte e parece não casar tão bem com a faixa específica, mas casaria bem com Onde Está Minha Calcinha ou Sexprostitucional, mas Venus soube encaixar seus versos e imprimir mais promiscuidade do que a faixa apresenta ter e nos da um dançante e gostoso remix, entregando a segunda faixa e mantendo a qualidade.


Com uma deliciosa vibe de jazz, MIA nos traz o remix de "Sem Limites", a primeira faixa do álbum que já tinham versos adicionais, o ritmo é delicioso, e casa perfeitamente com a estética da música e com a sonoridade que Raquelusho apresente, a produção é cativante e muito bem feita, mostrando uma faixa superior a original, nos introduzindo e cativando de forma definitiva para presenciarmos no que mais MIA tem para nos apresentou.


Hipoteticamente, o primeiro remix a trazer uma artista já familiarizada a putaria/comedy, com uma batida ácida e pesada, MIA chama Luna Wennie para a nova versão de "Onde Está Minha Calcinha?", com uma atenção especial para o refrão, a música apresenta um verso chamativo e viciante, contrastando de ótima forma com a proposta da nova mixagem. Luna surge com versos complementando a música, dando sua ajuda para MIA encontrar sua calcinha, até mesmo dando uma explicação da dúvida de MIA, criando uma ótima história, MIA inclui novos versos em respostas a ajuda, exclamando "Eu finalmente achei minha calcinha", finalizando a música com tal frase, mostrando uma evolução lírica e uma ótima transmissão e complementação da história, casando perfeitamente a mente de MIA com a de Luna.

 

Trazendo a única artista atual a usar sua voz RL, MIA chama Lana Light para o remix da faixa mais aclamada do álbum em sua versão original, "Sexprostitucional", Lana Light inicia a faixa se apresentando, mas é MIA quem dá início aos versos, com uma batida eletrônica e ligeira, MIA solta seus versos de forma rápida e arranjada, com uma deliciosa produção, a música trabalha de forma diferente da versão original, dando mais foco ao título. Lana chega cantando mesclada ao versos de MIA, Light apresenta sua releitura em versos expressados em forma de rap, exaltando seu poder e promiscuidade, Lana até mesmo mostra seus vocais próximo a finalização dos seus versos, mostrando que vai muito além de frases fáceis, a artista ainda guia o refrão por alguns segundos antes de passar a lierança de volta a MIA, que segue até o final da música, com o delicioso refrão.


É impossível escrever "Remix", sem escrever "Kelly Dee", em uma versão mais pop e synth, MIA escala Kelly Dee para a versão da faixa mais vendida do álbum, até conhecida fora do oddcast. A versão inicia com o viciante "Eu, me, fodi", mas dessa vez de forma rápida e não tão pesada quanto a original, MIA inicia os versos, com alguns ecos, a música segue os versos pré-refrão, mas sem a parte principal ainda, e Dee assume o comando da faixa, dando continuidade a história de LUX, explicando a situação de MIA, sua tentativa frustrada de ajudá-la, indo até o delegado, casando com o verso original que se assemelha, dizendo "Mas nem tudo deu errado aproveitei e dei pro delegado". Mas Kelly acaba sendo presa junto com MIA e fala sobre voltar a ser "sapatão", mais uma vez casando com o lírico original, complementando a história de MIA, e com deliciosos ecos, LUX nos apresenta o refrão e pela segunda adiciona novos versos, perguntando "Você, acredita, em karma?", estampando a situação que as duas acabaram se metendo.


Chegando perto do final do álbum, temos mais uma releitura de uma colaboração, dessa vez ao lado da rainha do pornopop, Shakiria Gaga, trazendo novos versos, e até introduzindo vocais de Inês Brasil, com o icônico verso "quem é ela?", casando de forma extraordinária, com uma instrumental deliciosa e viciante, MIA mostra que trouxe mais do que mais um simples álbum de remixes, e apresenta uma das melhores releituras do álbum, Shakiria Gaga apresenta seus vocais já conhecidos e não tem tanto destaque na faixa, mas soube brilhar mesmo com pouco tempo de tela.


Com abafados vocais, MIA inicia o remix de Refúgio de forma inteligente, com uma nova instrumental que casa perfeitamente com a estética de fuga da música, dessa vez com participação de Freya Asgard, a garota apresenta versos bem distintos dos propostos por Thalia na versão original, e traz uma nova aparência para a música, a música apresenta um bom início e se mantém de forma coesa e firme, e fecha o álbum de uma ótima forma, principalmente no quesito de transmitir a história que MIA nos conta.


No final cada artista trabalhou de sua forma e entregaram versos coesos, alguns mais que outros, imprimiram sua identidade nos remixes por já estarem familiarizados com a estética de putaria/comedy como foi o caso de Luna que trabalha com tal estética como em seu álbum "Dirty Disco Dance", Kelly Dee que já se arriscou positivamente na sonoridade com "Terremoto de Sentada" e "Loucura Tropical", e Lana Light com seu single "Vaca!", Ariana, freya e Venus não entregam trabalhos ruins, jamais, mas por não serem artistas muito ligadas a versos ousados e putaria elas pareceram ter criado novas versões para imprimir tal estética, mas claro, o álbum exigia esse lírico e todas criaram seus versos e entregaram eles perfeitamente, se adaptando e surpreendendo pela versatilidade e compatibilidade com as versões apresentada. As faixas que já tinham participações como "Sem Limites" com Raquelusho e "Solitária" com Shakiria Gaga surpreendem por trazerem uma novas versões tão autênticas e ainda sim tão bem arquitetadas, casando perfeitamente sem a necessidade da adição de novos versos das participantes antigas.


Motherlode: Reloaded é um álbum muito bom e que vai além do prometido, servindo sempre colaborações e mixagens inteligentes, o álbum mostra um grande potencial a ser aproveitado.


Faixas Destaque:


Sexprostitucional feat. Lana Light


Lá Vem o Karma feat. Kelly Dee


Motherlode feat. Ariana Carper



Nota Final:





Comments

Popular posts from this blog

Indicados ao BRIT Awards 2023

Agora o BRIT conta com a nova categoria, Song of the Summer, aberta a votação do público, vote no seu indicado favorito dentre os 8 presentes  aqui

Review - Perra by Viviane Schuz

  Viviane Schuz estreou oficialmente na música virtual com o álbum "Diaba & Santa", com notas medianas e positivas, o álbum é um sucesso comercial, com hits como "Diaba", "Tu Cama", "Diaba & Santa" e outros, o álbum contém composições inteligentes e engraçadas quando precisam ser, as produções são boas, porém em alguns momentos são desequilibradas, como em "Diaba" e "Santa" que disparam como as melhores produções, mas faixas como "Bicicleta" e "Diaba & Santa" deixam a desejar, e existem as faixas mornas como "Ai Droga!" e "Bicicleta", Vivi trouxe boas músicas nesse primeiro álbum, sabendo explorar o reggaeton e o estilo latino. Agora ao lado de Kelly Dee, Viviane Schuz criou o "Perra", um álbum menor, mais confiante e que acerta em tudo que seu antecessor possa ter errado, o álbum entrega 8 faixas perfeitas e bem produzidas, sem descer seu nível em momento algum, ma

TVT Magazine: Dezembro

Olá beth, seja muito bem vinda, é uma honra tê-la conosco pela primeira vez. Beth, você poderia nos contar como foi o trabalho no seu novo álbum que leva seu nome, como foi criar um novo LP depois do seu trabalho no Supremacy, você teve altas expectativas em relação a eles e aos seus antigos álbuns? Olá Regina! É um prazer, muito obrigada por me receber. Trabalhar no auto-intitulado foi muito satisfatório, ao mesmo tempo que doloroso. Isto porque, enquanto eu estava trabalhando ativamente nele, eu sabia que seria o capítulo final como Beth Thunder. Eu já tinha algumas composições escritas antes de iniciar ativamente o álbum, porque eu estou sempre escrevendo, mas a verdade é que foi um processo muito bom, foi a primeira vez desde o Tenebrism em que eu foquei minha atenção tão fortemente para criar um disco. Sobre expectativas e a relação com o Supremacy, olha... Eu aprendi a não criar mais expectativas para nada, sinceramente, porque tudo é uma incógnita no mundo virtual. Eu quero dize