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TVT Magazine: Outubro

 The Virtual Times Magazine de Outubro, estampada por Carmim Cole



Bem vinda de volta, querida, você já nos concedeu uma entrevista sobre seu álbum Salamandra a alguns meses atrás, é uma enorme honra ter você de volta e dessa vez no retorno da TVT Magazine.

Obrigada pelo convite! Satisfação poder estar de volta.


Você apresentou a capa do seu novo single, "RETER", editada pelo YuGa, você sempre foi independente como compositora, produtora e diretora, nessa nova era, você é a responsável pelo processo artístico dessa nova faixa ou houve novos participantes por trás de sua criação?

Assim como sou responsável pela faixa single “RETER”, também sou responsável pelo corpo completo do álbum. Optei por desenvolver sozinha este projeto, pois já vinhatrabalhando desde o lançamento de “Salamandra”. É o primeiro projeto, dentre os 4 álbuns, que desenvolvo totalmente autoral. As participações ficaram por conta da parte imagética da era, onde tive apoio de outros artistas, para composição da identidade visual.


O nome da nova faixa é realmente instigante, RETER, nos faz pensar sobre o que você irá transmitir nesta nova fase, o que você pode nos contar sobre o processo lírico desse trabalho, o que levou você a criá-lo, o que te inspirou a dar vida a ele, e claro, visualmente o trabalho lembra seu clipe Android 21, presente no álbum "Megalomania", a faixa te inspirou a criar essa nova ou foi apenas uma mera  semelhança? 

Bom, começando por “RETER”, me inspirei no longa-metragem “TENET”, onde aborda questões sobre o tempo e sua particularidade. Juntei o conceito ao sentimento e dei vida a faixa que apresenta o disco. Quanto ao corpo do disco, falo sobre a vida, sobre o amor, sobre o simples ato de respirar e aproveitar, porém, colocando meus medos e ansiedades, fundindo com a sonoridade elétrica e eufórica. Quanto à semelhança com “Android 21”, acredito que só remete a capa do single, e do disco, rs.


A era Salamandra durou bem menos do que o esperado, isso ocorreu devido ao início dessa nova era ou foi intencionalmente curta? E como você disse, o novo clipe e álbum sairá no mesmo mês, você planeja trazer uma divulgação maior do que o LP anterior ou ir de acordo com o retorno que você irá receber com o álbum?

A era “Salamandra” foi planejada para ser curta, afinal, praticamente desenvolvi os dois álbuns ao mesmo tempo. O período pandêmico me inspirou tanto que criei diversas faixas e universos, dando vida a estes discos. Tendo em vista que o “Ultravelocidade“ sairá quase sete meses depois do anterior, eu planejo uma exposição maior ao disco, adicionando visuais às músicas, a fim de complementar a atmosfera que espero passar com as canções. Nunca espero um retorno absoluto sobre minhas criações, pois, quem se identifica, irá consumir independente do impacto. 


 Você entregou 3 álbuns até o momento, sendo os 3 aclamados pela crítica e público, servindo sempre conceitos firmes e coesos, iniciando essa nova página, como foi a criação do já intitulado "Ultravelocidade", você se inspirou em trabalhos antigos, alguma criação presente no oddcast ou algum artista em off? Com o “Ultravelocidade”, assim como os anteriores, procurei rechear de referências, tanto do oddcast, quanto do cenário musical off. São perceptíveis vários samples durante a reprodução do disco, sinalizando e completando o conceito central. Desde poemas citados, até vocais de grandes hits mundiais, todas as inspirações compõem e acrescentam os ideais mais profundos que deram origem ao disco.

A criação foi divertida, penso até que me sinto mais livre e a vontade a cada álbum que crio. Já não me cobro tanto, me dando a oportunidade de abordar tudo da forma que quero. Durante as oito faixas do LP, é quase como uma trajetória de vida. Inicia-se com o poema “Howl” de Allen Ginsberg, e continua com o nascimento. Respirar, andar, falar, se apaixonar. Pelo caminho da vida, encontramos os prazeres, os pecados, os vícios, os abusos dos frutos proibidos. Deparamos-nos com serpentes, que nos dão escolhas, mesmo que podadas. Nada é predestinado, construímos essa linha do tempo, apesar de por momentos pensarmos como seria em outra. Eu reflito sobre isso, sobre escolhas que marcam quem eu sou. Falo sobre a loucura, e as pessoas que nos marcam, por 24 horas, ou por uma vida. É uma homenagem aos amores roubados e aos amores laçados. É uma celebração por estar viva. Que seja um recomeço sempre...


Você mudou recentemente de selo após o fechamento da Kleine Huren, você acha que suanova era terá mais reconhecimento do que as antigas com uma nova gravadora para te apoiar, principalmente pela ausência de prêmios principais em sua carreira tendo em vista os três aclamados álbuns que você lançou, dignos de Álbum do Ano, não marcaram tanto quanto deveriam, você acha que algum fator levou você a não ter sido amplamente econhecida, como divulgação ou alguma antiga desavença?


Eu nem penso muito sobre isso, na realidade. Acúmulo vários reconhecimentos durante a carreira, atual e a anterior. Portanto, apesar de saber o que esperam de mim, sempre tento entregar algo que me completa, independente de ser ou não um “álbum do ano”. Entretanto, penso que os três discos anteriores foram amplamente reconhecidos, assinando minha carreira oddcast, e marcando minha discografia para posteridade.


Agradeço novamente o convite e o espaço que a revista sempre me oferece. O novo disco, assim como o videoclipe de “RETER”, estará disponível o mais breve possível, pois sinto que é o momento de compartilhá-lo. 

Amor e intensidade para todos!

XX, Carmim.

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